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(Paulo Diniz - poema de Drummond)


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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bandas, Cantores e Afins...


OS NOVOS BAIANOS


A banda Os Novos Baianos desde muito cedo faz parte do meu universo musical e tem me influenciado bastante ao longo destes anos em que convivo com a música. Sua mistura imprevisível de ritmos e sua competência musical, além de toda revolução e quebra de paradigmas que envolvem o conjunto, me fazem admirar bastante o trabalho e me proporcinam momentos nostálgicos e transcendentes, ao mesmo tempo que me fazem enxergar o futuro de uma forma mais simples e divertida.

Vou destacar abaixo, alguns trechos do livro de Nelson Motta - Noites Tropicais, que falam sobre a banda Os Novos Baianos e ilustram muito bem o que eu acabei de escrever sobre eles:

"(...) A música dos Novos Baianos integrava os ritmos e as sonoridades acústicas nacionais com as estridências e distorções das guitarras planetárias - um heavy-samba que misturava os mestres brasileiros com os sons internacionais.
Clássicos instantâneos como 'Preta pretinha' e 'Besta é tu' eram obrigatórios em qualquer roda em que houvesse um violão. Os desbundados, os doidões pós-tropicalistas, viraram estrelas, se tornaram presença constante nos happenings televisivos do Chacrinha, venderam milhares de discos, mostraram a todo o Brasil sua música e seu estilo de vida. Mais que uma banda, uma família ou uma tribo, eles eram os 'Novos Baianos Futebol Clube', virando o jogo da MPB e dando uma goleada musical, um show de bola. (...)"

Este trecho é uma curiosidade sobre a banda e um episódio engraçado que eles viveram que eu acho legal de destacar também (do mesmo livro):

"(...) Os Novos Baianos moravam em comunidade num amplo apartamento, com suas guitarras, baterias, almas e bagagens. Nos cômodos eles aramaram tendas de panos coloridos e cada um tinha a sua 'casa', cuidava dela, recebia seus amigos, namorava, ficava sozinho. Elétricos, lisérgicos, canábicos e talentosíssimos, os Novos Baianos faziam música dia e noite, tinham incontáveis amigos e a geladeira sempre cheia - e sempre vazia. Uma noite eles receberam uma visita surpreendente, mas esperadíssima. Mas antes levaram um susto: o baixista Dadi, na época com 19 anos, foi abrir a porta e, quando viu aquele senhor de paletó e óculos, muito sério, virou pra dentro e avisou:
'Hi, pessoal, sujou: acho que é cana'
Mas não era: João Gilberto foi recebido como um messias no apartamento-comunidade de Botafogo.(...)"

Um comentário:

Renato disse...

Adorei seu blog, realmente os novos baianos são d+. escuto muito ese som.

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